O grupo Matizes Dumont tem a matriarca D. Antônia como a precursora da tradição da prática do bordado de uma família de Pirapora em Minas Gerais.
São as margens do Rio São Francisco, que começa o fio da meada, onde a família encontra inspiração para suas peças na simplicidade da vida do interior.
Cada um borda de forma espontânea e livre em um esquema de rodízio, e suas obras já ilustraram livros e capas de CDs de artistas renomados além de receberem premiações nacionais e internacionais.
A partir dessa tradição familiar surgiu em 2004 o Instituto de Promoção Cultural Antônia Diniz Dumont – ICAD. O Instituto se tornou um local de promoção de inclusão social e geração de renda, que atende mulheres em situação de risco, garantindo renda e qualidade de vida. E o grupo também viaja por todo o Brasil e até para o exterior, levando suas técnicas e beleza.
Grupo Matizes Dumont
Grupo Estrela do Sertão
Na cidade de Cordisburgo, cidade natal do escritor Guimarães Rosa, cerca de 20 mulheres se encontra toda a semana para estudarem a obra do autor e colocarem em prática o aprendizado em suas peças Bordadas.
O grupo Estrelas do Sertão foi criado em 2003, pela Associação dos Amigos do Museu casa Guimarães Rosa, e esse se originou dos encontros da Terceira Idade das Semanas Roseanas.
Os tapetes, forros de mesas, roupas e diversos itens são criados por mãos experientes e habilidosas, que retratam o sertão mineiro.
Atualmente o grupo é composto por 35 componentes entre 50 a 97 anos, que se encontram duas vezes por semana.
O grupo publicou o livro O coração do lugar – Depoimentos para Guimarães Rosa, com ilustrações em bordado.
Bordadeiras de Paracatu
A cidade de Paracatu, em Minas Gerais, além de encantar a todos com sua beleza natural tem a tradição do bordado como principal atração cultural.
O bordado de Paracatu vem ganhando destaque através do Grupo de Bordadeiras da Casa de Cultura. O grupo se reúnem todas as quartas feiras, busca inspiração na beleza do cerrado e nos encantos dos casarões antigos.
O grupo usa deste ofício como fonte de renda para sustentar suas famílias, mas também segunda elas, o bordado gera outro benefício: o sorriso. Com o trabalho manual, elas se distraem, conversam, dão risadas.
Bordadeiras de Andrequicé
Em 2004, durante o evento “Festa de Manuelzão”, que completava 3 anos de existência, foi criada uma oficina de Bordados. Esse foi o ponta pé inicial para o surgimento do grupo de bordadeiras de Andrequicé.
O grupo é composto por 11 senhoras que tem a agulha e linha como instrumentos de trabalho. O painel “Festa de Manuelzão”, texto do autor Guimarães Rosa ,foi o primeiro trabalho feito pelas bordadeiras, marcando então a origem do grupo.
O ofício de bordar foi resgatado, e as principais peças tem como inspiração obras do escritor, o cerrado e a vida no sertão.
O grupo ganhou asas do sertão e viaja para exposições em diversos lugares do estado de Minas Gerais.
Meninas bordaderias de Burarama
O projeto meninas bordadeiras de Buruarama há 15 anos transforma a vida de muitas pessoas, no Distrito de Cachoeira de Itapemirim no Espírito Santo.
O público alvo são crianças e adolescentes de idades variadas, mas qualquer pessoa interessada em aprender a bordar pode participar.
A iniciativa partiu da premissa de que o bordado se transforme em ferramenta de interação social, acesso a cultura, incentivo a participação em projetos sociais além de ensinar um oficio capaz de gerar renda.
Os primeiros pontos são aprendidos em pequenos pedaços de tecidos que são transformados em mostruários.
Segundo a oficineira Fabiane Salume o projeto visa resgatar memórias e lembranças, seja ela de um objeto especifico, namoros da juventude ou até mesmo uma conversa com as amigas
Bordana
Bordana é uma cooperativa de bordadeiras de Goiânia que foi criada em 2009, visando promover inclusão social e dar chance a mulheres que precisam trabalhar ajudando-as a ter uma renda.
Seus produtos além de serem inspirados nos encantos do Cerrado e nas historia de vida, seguem uma linha de produção sustentável. A matéria prima do grupo são tecidos 100% algodão que segundo o grupo além da facilidade em se manusear o tecido feito com a fibra natural é um material sustentavelmente cultivado.
O grupo é composto por 30 bordadeiras, 20 já são cooperativadas e 10 voluntárias. As bordadeiras trabalham em grupo aos sábados e dão aulas para iniciantes durante a semana.
O grupo possui uma linha de mais de 20 produtos, como cadernetas, capas para óculos, notebooks e tablets, e produzem mensalmente entre 150 e 200 peças que são comercializados na sede da empresa e na Feira do Cerrado
Bordados da Barra
O grupo de bordadeiras reuni 23 mulheres de 12 aos 60 anos para a prática do Bordado livre com aplicação de tecidos. É na barra de suas saias que o cerrado ganha várias formas e cores no tecido de Americano cru.
O grupo já existe a 12 anos foi criado pela D. Maria José que ao aprender e se encantar pela arte do bordado quis ensinar a todos, seja o vizinho do lado ou até mesmo o que mora do outro lado das margens do Jequitinhonha.
O grupo se encontra aos sábados na região rural de Barra da cega, localizado a 2 km do Distrito de Milho Verde em Serro- MG
O principal objetivo do grupo é a geração de renda, “ e ponto a ponto o tecido cru fica tão bonito no colo delas”.
Endereço para contato: http://bordadosdabarra.blogspot.com.br/
Adelícia Amorim
Mineira, nascida em Pedra Grande, distrito do município de Almenara/MG, Adelícia Amorim iniciou aos 13 anos o oficio de bordar. As primeiras linhas usadas pela artesã eram de tecidos ao qual ela desfazia a trama para aproveitar os fios.
A vocação para o bordado se despertou ao ver a mãe costureira trabalhar, onde ela então usou a agulha e a linha para recriar as flores que via nos jogos de cama e mesa dos senhores da fazenda onde cresceu.
A artista diz que não aprendeu com ninguém, simplesmente despertou em si a arte de bordar. Adotou então o bordado como trabalho diário, desde ao nascer ao por do sol, para geração de renda.
Casou-se, criou seus filhos e depois se dedicou a ensinar o bordado como técnica de trabalho manual a quem quisesse aprender.
Hoje, aos seus 78 anos, transformou sua casa em local acolhedor de todos aqueles que queiram conhecer seu trabalho e aprender seu ofício, além de trabalhos com pessoas carentes e em penitenciárias.
Endereço para contato: http://www.adeliciaamorim.com.br/