Renata Malachias
A artista mineira de Belo Horizonte Renata Malachias transforma recordações em arte e cria significados únicos através de fotografias bordadas.
Desde pequena envolvida em trabalhos manuais como desenho, pintura, tricô e costura a artista hoje se dedica integralmente ao Manitu Estúdio, de onde nascem desde peg dolls (bonequinhos de madeira) a quadros e bastidores sempre cheios de amor e arte.
As fotografias bordadas são as principais pecas que a Renata produz. Impressa em preto e branco em tecido de algodão as imagens ganham cores e significados que podem vir através de desenhos contemporâneos ou algo já existente na foto.
Segunda a artista a sua inspiração vem principalmente das pessoas e das historias que elas têm a contar.
Bispo do Rosário
“Um dia simplesmente apareci no mundo”, era assim que o Sergipano Arthur Bispo do Rosário referia-se sobre a sua origem.
Havia várias lacunas a serem preenchida sobre sua origem, sabia-se somente que ele era um ex-marinheiro, mas todos tinham certeza do grande artista a qual se tratava.
Durante os 50 anos em que ficou internado na Colônia Juliano Moreira no Rio de Janeiro, Bispo do Rosário produziu um grande acervo artístico que hoje é considerado como arte contemporânea.
O material utilizado por Arthur Bispo do Rosário consistia basicamente de sucata que ele mesmo recolheu em suas andanças e doações que recebia dos visitantes.
O bordado estava presente em muitas de suas obras e em meio a um acervo artístico tão vasto, uma obra se destaca pela sua grandiosidade e riqueza de detalhes: “O Manto da Apresentação”, que segundo o artista era para ser usado no dia da apresentação ao Reino dos céus.
Violeta Parra
Cantora, violinista desde os 9 anos, compositora, artista plástica e ceramista chilena, Violeta Parra para poder ajudar a família abandonou os estudos e formou um grupo musical chamado “Los Hermanos Parra” com mais 3 irmãos, e dotada de muito talento e ousadia, não parou por aí e se aventurou a viajar por todo o país cantando e tocando.
Violeta se tornou uma artista chilena considerada a mais importante folclorista e fundadora da música popular do Chile.
Mulher de várias Faces, Violeta possuía um dom artístico, e foi a primeira artista plástica, latino-americana a ter uma exposição individual no Museu do Louvre e em 1957 ajudou a fundar no Chile o museu nacional de arte folclórica, na Universidade de Concepcion diversificando seu trabalho artístico com a cerâmica, pintura a óleo e arpilleras.
Uma das grandes curadoras e entusiastas da técnica, a artista Violeta Parra declarou certo dia que “arpilleras são como "canções que se pintam”.
José Leonilson
O artista cearense José Leonilson desenvolveu importantes trabalhos utilizando elementos artesanais tradicionais da arte.
Leonilson intensificou seu trabalho com o bordado em 1990, após a descoberta de que era portador do vírus da AIDS e desenvolver alergia às tintas e a outros químicos. O artista utilizou sua própria biografia como fonte de inspiração para suas peças bordadas.
O trabalho do artista é caracterizado uma espécie de tradição artesanal não erudita e que, ao mesmo tempo, insere o artista na arte contemporânea".
O artista não só produzia telas bordadas, mas também objetos que conferiam a sua obra autenticidade e o caráter simbólico. Ele se apropriou de elementos do cotidiano em sua obra para expressar sua subjetividade e muitas vezes para inserir outros significados.
